7 de dez. de 2011

Nossos Heróis

Por: Fábio Lima

Publicado originalmente na edição número 2 da revista especial Terra Querida


Vestir uma capa nas costas, uma roupa especial, poder voar e ter outros superpoderes para salvar o mundo. O sonho de criança é alimentado pelos quadrinhos, filmes, desenhos animados. Quando crescemos é que percebemos o quanto o mundo é diferente e aquele relógio especial não irá nos transformar em um herói envolto em armadura. Mas, existem dons. E por meio deles, quem mantém esse desejo descobre como ser um verdadeiro herói no dia-a-dia.

Os heróis são nossos campeões. Eles se destacam em suas áreas por superarem limites e serem os melhores no que fazem. Por isso, são motivo de orgulho, emocionam. Eles salvam o dia dos que depende do seu esforço ou simplesmente os acompanham e se inspiram em seus exemplos para fazer mais.

O Piauí tem seus heróis. Muitos. E falo dos de hoje, não dos da Batalha do Jenipapo, apesar da sua importância para o Estado e o País independente no qual vivemos. Contudo, ao invés de foices, as armas desses guerreiros são a velocidade e força nas pernas, a agilidade nos braços, ou essencialmente a cabeça, com ajuda de lápis e caneta.

E o melhor é que não há criptonita que os detenha. Nem inimigos. O maior adversário é a própria superação. E o resultado é o grito de campeão, com direito a soletrar com vontade: v-e-n-c-e-d-o-r.

No nosso Piauí, existem heróis por todos os cantos, que ganham as batalhas do cotidiano. Mas foi no esporte e na educação que o Estado ganhou mais respeito no Brasil. E foram os campeões nessas áreas que deram motivo para o povo encher o peito e dizer: é do Piauí.

Para isso, foi preciso aprender outros termos. Ao invés do grito de “gol”, a palavra da moda é “Ippon”. Os feitos da judoca Sarah Menezes a levam por todo o mundo com as bandeiras do Brasil e do Piauí. Mas, não só ela. Quem corta a fita primeiro é Cruz Nonata, Fernanda Araújo, Conceição Oliveira e outros corredores. Quem bate primeiro na borda é Lauro Filho, que já representa o Brasil em mundiais de natação. Sem contar que é ponto no badminton e no tênis e outros esportes.

Na educação, o orgulho começa em casa, com a aprovação nos vestibulares do Piauí e de todo o Brasil. A soma do sucesso de todos leva ao sucesso no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem -, com Piauí a cada ano inserido no seleto grupo das melhores escolas do País. Não bastasse isso, os campeões da capital e interior, como no município de Cocal dos Alves, se superam em olimpíadas de matemática e outras disciplinas, causando espanto lá fora: como o Piauí, pobre, lá do nordeste, consegue isso?

Ora, o Piauí... Nosso estado pode isso e muito mais. Enquanto eles não souberem a resposta, vamos ganhando mais títulos com nossa garra e superação, reforçados com carne de sol e cajuína. Sempre valorizando os campeões do dia-a-dia. São eles que irão nos orgulhar amanhã.


2011: Novos desafios, novas vitórias para o esporte universitário do Piauí